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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Vivendo a realidade

Certa vez, conheci um moço cujo dente começou a
doer. Não era apenas um dente, mas vários. Porém, ele
relutava em fazer o tratamento dentário. Quando decidiu
ir ao dentista, foi vencido pelo medo da broca, aquele
aparelho de uso comum dos dentistas e tão conhecido
nosso, que põe medo em muita gente.
Pois bem! Na verdade, esse moço a que me refiro esta-
va à procura de um paliativo (que só tem eficácia momen-
tânea ou incompleta). Ele queria um tratamento indolor,
e ele, de fato, encontrou. O “profissional”, literalmente, ta-
pou os buracos e as dores parecem ter cessado. Satisfeito,
o moço dissera a si mesmo: “Ufa! Estou livre dessa dor. Fim
do problema!”
De fato, a dor desapareceu. Mas sua satisfação durou
pouco. Decorridos alguns dias do “tratamento”, uma forte
infecção ocorrera, e a dor voltara, agora muito mais forte.
Agora desesperado, o moço teve de procurar um dentista
de verdade, um profissional de fato. E, novamente, a bro-
ca, o motorzinho, entrou em ação. Era a hora de o moço
lidar com a dor, com o sofrimento. E a dor e o incômo-
do foram inevitáveis. Contudo, a grande diferença é que
agora o mal seria tratado pela raiz.
Ao contar este fato, quis ilustrar uma realidade em
nossa vida. Não adianta mascarar os nossos “buracos” –
que são os pecados –, pois Deus tudo vê. Não existem
fórmulas ou métodos paliativos. Precisamos sim ir à raiz
de nosso pecado, se quisermos encontrar a cura. O que
Deus mais deseja é que fiquemos livres da dor de nosso
pecado. E só há uma maneira para se consertar diante do
Senhor: arrependimento.
Uma palavra muito importante agora. Muitas vezes,
achamos que arrependimento é apenas para os assassi-
nos, para as garotas de programa, para os ladrões, para
aqueles que cometem “grandes” pecados. Porém, pra
Deus, não há “pecadinho” ou “pecadão”. Pecado é pecado.
Um mentiroso ou omisso é tão pecador quanto um as-
sassino, um ladrão ou uma prostituta. É interessante que
no Novo Testamento encontramos nove palavras gregas
que descrevem a palavra pecado. Encontramos também
21 listas de pecados, e nestas listas, contamos 222 peca-
dos. Se separarmos os pecados que foram repetidos ou
que estão nas outras listas, vamos encontrar cerca de 100
pecados.
Muitas vezes, achamos que esta questão de arrepen-
dimento não é para o crente, que quem tem que se ar-
repender é o ímpio, o imoral. Quando lemos a carta do
apóstolo Paulo aos Romanos, capítulos 1 e 2, vemos três
classes específicas de pecados: os “pecados obscenos”,
os “pecados acadêmicos” ou “filosóficos” e os “pecados re-
ligiosos”. Creio que todos têm uma compreensão de ar-
rependimento, no intelecto, mas o arrependimento tem
que sair da cabeça e chegar ao coração. Tenho lidado com
pessoas que têm vivido na prática pecaminosa e não têm
manifestado qualquer sinal de arrependimento por seus
atos. E isso muito tem me incomodado. Arrependimento
só é arrependimento quando há dor.

Olá queridos essa é um pequeno texto do livro ''Entre o arrependimento e a ausência''
do pastor Márcio Valadão, e achei muito interessante o  início desse livro maravilhoso
que vale à pena vc ler.
Que possamos dia após dia morrer para nós mesmo.
Abraço

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